"Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer." (Carlos Drummond de Andrade)
Tudo começou no dia 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, localizada na cidade de Nova York, fizeram uma grande greve.
Em busca por melhores condições de trabalho (redução da jornada para 10 (dez) horas pois eram exigidas 16 (dezesseis) horas de trabalho - isonomia com os salários dos homens, pois o salário das mulheres era de até um terço do salário dos homens para a mesma função -tratamento digno) as operárias ocuparam a fábrica.
A repressão à manifestação se deu de uma forma brutal e covarde, trancaram as mulheres dentro da fabrica e atearam fogo. Cento e trinta tecelãs morreram carbonizadas.
Passados 53 (cinqüenta e três) anos, em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, decidiram em homenagem as mulheres que morreram na fabrica, que o dia 8 de março passaria a ser “O DIA INTERNACIONAL DA MULHER”.
Em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Quando se decidiu criar este dia, o objetivo não era especificamente de comemoração, mas sim uma data para conferências, debates e reuniões para discutir o papel da mulher na sociedade.
A cada novo aniversário do dia internacional da mulher vemos que existe progresso no sentido de diminuir o preconceito e a desvalorização da mulher.
Fato é que embora tenham havidos significativos avanços, ainda existe em diversos locais discriminação e muitas mulheres ainda sofrem com salários inferiores, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
No caso especifico de nosso pais, há que se salientar uma data que pode ser considerada um divisor de águas na história da mulher brasileira. Em 24 de fevereiro de 1932 foi instituído o voto feminino, nesta data após anos de reivindicações, as mulheres ganharam o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e no legislativo.
Na política diversas mulheres ajudaram a compor a historia de nossa nação, dentre as quais destacam-se a doutora Carlota Pereira de Queirós, que nas eleições de 1933, foi eleita, tornando-se a primeira mulher deputada federal brasileira e, Dilma Rousseff que em 31 de outubro de 2010, venceu as eleições presidenciais, tornando-se a primeira mulher presidente da República no Brasil.
A força feminina para futuras conquistas pode ser sintetizada pela frase da poetiza Gabriela Mistral; "Dai-me Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço."