O escritor, filósofo e cientista alemão Johann Goethe, escreveu; "A alegria não está nas coisas: está em nós."
É interessante como conseguimos falar de tristeza sem falarmos de alegria, talvez seja porque existe uma crença de que só crescemos através da dor e do sofrimento.
Somos tentados a colocar a alegria como o contraposto da tristeza, pois a primeira nós buscamos e a segunda nos persegue.
A competitiva sociedade em que vivemos, as calamidades, as injustiças e tantos infortúnios causados pelo estilo de vida que a humanidade como um todo escolheu, causam falta de amor, afeto e carinho. Em decorrência disto, qualquer perda nos traz um distúrbio emocional, pode ser desde um falecimento de um ente querido até o fato de não ter passado no vestibular, qualquer que seja a situação que se opõe a nosso desejo, nos coloca entristescidos, chegando em alguns casos até a depressão.
Contudo, a despeito do que ocorre no exterior, devemos fazer uma reflexão sobre as razões que motivam nossos sentimentos e por conseguinte nosso estado de ser. A que se verificar o que nos impede de estarmos bem, e ainda, porque permitimos que tal situação ou pessoa nos mantenha infelizes.
Existem pessoas que vivem amarguradas, não conseguem desenvolver um sentimento de felicidade e devido a isto vivem a criticar, magoando e maltratando os que lhe rodeiam. Sentem até um aparente prazer em destruir a felicidade alheia, devido a sua incapacidade de alimentar a alegria.
A auto-ajuda, preconiza o ensinamento de que se deve manter distância de tais indivíduos, no entanto devemos e podemos compartilhar nossa alegria, desde que nosso sentimento não seja superficial mas tenha raízes.
A escritora e religiosa espanhola Santa Teresa de Ávila escreveu a seguinte frase; Não tenho decepções, pois a quem só espera sofrimentos, a mínima alegria o surpreende."
Cabe a cada um exercitar os sentidos que afloram quando estamos alegres, tais como a criatividade, a generosidade, a paciência, a solidariedade, tomando cuidado para não se ver manipulado, ante a abertura e flexibilidade dos sentimentos.
Existem muitas fontes de alegria, todavia, se ela vem de nós mesmos, apesar de ser uma fonte importante, esgota-se facilmente.
A Bíblia sagrada, no livro de Salmos Capítulo 116 versiculo 8, nos trás a seguinte assertiva: “Pois livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés de tropeçar.”
Deste texto depreendemos que ha um SER superior, capaz de livrar o ser humano das vicissitudes da vida, dentro de um propósito maior de sarar sua alma curando suas feridas espirituais.
Fato é que a ALEGRIA VEM ao encontro daqueles que a perseguem na medida de suas forças. Cabe a cada um parar de dar vasão apenas aos problemas e confiar, ter Fé, em si próprio e no Criador, aquele que é o único que pode trazer à existência coisas inexistentes, transformando perdedores em vencedores, desenganados em curados, tristes em felizes.
Aurélio Agostinho, teólogo e filósofo, mais conhecido como Santo Agostinho, considerado pelos católicos santo e Doutor da Igreja, escreveu; "A busca de Deus é a busca da alegria. O encontro com Deus é a própria alegria."