Uma poeta goiana por nome Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida pelo pseudônimo Cora coralina, escreveu; “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”
Hoje somos dirigidos pela tecnologia, e a velocidade da máquina nos é imposta, dificultando com que tenhamos tempo para pensar e o ato de meditar, refletir sobre nossa vida se torna cada vez mais difícil.
Nossos problemas são resolvidos “a toque de caixa”, pois não temos tempo para questionamentos mais íntimos e a tecnologia que deveria nos fazer ganhar tempo, nos escraviza multiplicando nossas responsabilidades, compromissos, funções, requer soluções imediatas nos deixando cada vez mais automáticos e cada vez menos humanos.
É cada vez mais comum as pessoas buscarem soluções enlatadas para dúvidas sobre sentimentos e relacionamentos, sobre o trabalho e carreira, sobre as frustrações das amizades, entre outras tantas que são resolvidas como se fosse um concerto de carro.
Cada vez mais as pessoas se distanciam de olhar para si mesmas, esquecem que ao olhar através de suas escolhas e questionamentos podem decifrar uma compreensão mais completa da situação e por conseguinte uma solução mais consistente e duradoura.
Há a necessidade de que paremos e reflitamos, seja através da ajuda de um profissional da psicologia ou mesmo num simples desacerelar no trabalho, paremos e invistamos em nos conhecer melhor, fugindo das respostas prontas, das receitas de sucesso e encontremos saídas que nos preencham.
Sempre é mais cômodo simplesmente perguntar o que fazer, fazemos isso com os pais, o cônjuge, o padre ou o pastor, o psicólogo, este ato nada mais é do que o reflexo dos dias atuais, tudo muito rápido, corrido, sem tempo para reflexão, não observamos, não pensamos.
Em muitos casos nos vem o conflito de emoções que traz a culpa, esse caminho não leva a nada, devemos parar e buscar uma nova compreensão da vida, vida esta que a cada manhã nos propõe novas transformações.
Mesmo reconhecendo que muitos desejem e acreditem ser viável resolver questões íntimas como se fossem questões técnicas, necessário se faz recuarmos e buscar resgatar nosso lado humano, não se constrói relacionamentos como de liga ou desliga um equipamento, para que isto aconteça precisamos investir tempo, energia, contudo vale a pena, pois é isso que nos diferencia como humanos.
Não se trata de se culpar o que sofre por suas angustias, mas a que se considerar que existe saída quando refletimos sobre o que cremos e o que nos conduziu até onde chegamos e que se chegamos onde chegamos não foi sem razão.
Não é viável considerar que temos total onisciência para escrevermos nossa própria história nos tornando únicos responsáveis por nossa vida, fato é que sofremos diversas influências em nossa existência, no entanto podemos limitar o quanto estas influências acarretarão de conseqüências, dependendo de como agimos ou deixarmos de agir.
Não podemos desistir ante as dificuldades que se apresentam, nem tão pouco tomarmos decisões abruptas que em muitos casos geram marcas profundas, o escritor Orison Swett Marden, escreveu; “ Quando, na vida, uma porta se fecha para nós, há sempre outra que nos abre. Em geral, porém, olhamos com tanto pesar e ressentimento para a porta fechada, que não nos apercebemos da outra que se abriu.”